Maria Madalena Silva de Oliveira, uma aposentada de 70 anos que mora no centro de Iracemápolis, foi uma das primeiras pessoas a conquistar um prêmio milionário na década de 60 por meio do Baú da Felicidade do apresentador e empresário Silvio Santos, que faleceu nesta última semana.

Na época, Maria enfrentava tempos difíceis após seu pai, conhecido na cidade como Nico Leiteiro, precisar vender a casa onde moravam em Iracemápolis por motivos pessoais. A família se mudou para uma casa menor em Limeira. No entanto, apenas uma semana após a mudança, Maria comprou um carnê do Baú da Felicidade e para sua surpresa, foi sorteada para participar do Programa Silvio Santos em São Paulo, onde concorreu com outras seis pessoas no palco do tradicional programa dominical.

Maria lembra nitidamente do momento em que girou o peão e se tornou finalista, conquistando 50 milhões de cruzeiros, uma quantia que, na época, era suficiente para comprar cinco automóveis zero quilômetro. “Cheguei nos estúdios da Globo às 8h da manhã e só fui gravar à noite,” conta Maria. “Antes de ser chamada, Silvio Santos me chamou ao palco e perguntou se eu tinha fé. Respondi que sim, em Nossa Senhora, e ele me chamou “vem pra cá para girar o peão”. Foi uma emoção enorme ficar frente a frente com um ídolo. Na época, cheguei até a brigar com meu namorado, que não queria que eu participasse do programa. Silvio era muito bonito e todas as meninas tinham fotos dele na capa dos cadernos”, relembra.

Após ganhar o prêmio, Silvio Santos a chamou para uma conversa e ofereceu a escolha entre o dinheiro ou cinco carros de sua concessionária Vimave. Apesar de ter apenas 15 anos, Maria sabia exatamente o que queria: recuperar a casa que a família havia perdido. Com o prêmio em mãos, Maria e sua mãe voltaram de São Paulo e, em uma reviravolta emocionante, compraram novamente a casa em Iracemápolis. “Meu pai sempre dizia que, para ele, era Deus no céu e Silvio na terra.” A notícia da morte de Silvio Santos foi um golpe duro para Maria. “Quando soube da morte dele, não acreditei. Senti um aperto muito grande no peito. A impressão que tínhamos era de que ele iria viver para sempre. Na verdade, para nossa família, ele sempre ficará vivo em nossos corações.”

Maria mora até hoje em Iracemápolis

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