■ Henry Villela
■ Iracemápolis
■ redacao@tribunadeiracemapolis.com.br
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Iracemápolis tem hoje um patrimônio histórico que poucas cidades têm o prestigio de ter: a 1ª, Primeira-Dama da história da cidade. Maria de Lima Chinelatto tem hoje 89 anos, e traz junto com ela toda história do início da emancipação do município de Iracemápolis. Ela já deu várias entrevistas onde falou do seu marido, o prefeito José Chinelatto, mas nesta edição especial de aniversário da cidade, a Tribuna de Iracemápolis contará a sua história como mulher e a eterna Primeira- Dama do município. Confira abaixo os principais trechos desta entrevista:
TI: Como a senhora chegou em Iracemápolis?
Maria: Eu nasci em Iracemápolis na Rua José Emídio, perto da igreja no Centro da cidade, minha família todo nasceu aqui e sempre morei na cidade.
Maria: Eu nasci em Iracemápolis na Rua José Emídio, perto da igreja no Centro da cidade, minha família todo nasceu aqui e sempre morei na cidade.
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TI: Como a senhora conheceu o José Chinelatto?
Maria: O Flamínio Barbosa Neves tinha consultório e ele (José Chinelatto), ficava perto do consultório o dia todo para me ver. Mas eu não sabia disso, um tempo depois ele foi falar com meu pai. Na verdade, ele eu foi me pedir em casamento. Como minha irmã iria nascer tive que esperar um pouco e ficamos dois anos namorando e depois nos casamos.
Maria: O Flamínio Barbosa Neves tinha consultório e ele (José Chinelatto), ficava perto do consultório o dia todo para me ver. Mas eu não sabia disso, um tempo depois ele foi falar com meu pai. Na verdade, ele eu foi me pedir em casamento. Como minha irmã iria nascer tive que esperar um pouco e ficamos dois anos namorando e depois nos casamos.
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TI: A senhora pode contar um pouco para gente como foi o casamento?
Maria: Me lembro como se fosse hoje. Eu tinha 16 anos. Naquela época não se fazia Buffet, era feito tudo em casa e a dona Cicília Ometto que ajudou com os lanches . A festa foi na casa da minha mãe. Tinha muitos pesticos e salgadinhos. Depois que acabou a festa me troquei e minha mãe veio bater na porta do meu Quarto dizendo que o Zé Chinelato estava me chamando e eu perguntei mas o que ele veio fazer ? E minha mãe disse: Veio buscar você agora vocês são casados. Rimos juntos e foi assim que começou minha vida ao lado dele.
Maria: Me lembro como se fosse hoje. Eu tinha 16 anos. Naquela época não se fazia Buffet, era feito tudo em casa e a dona Cicília Ometto que ajudou com os lanches . A festa foi na casa da minha mãe. Tinha muitos pesticos e salgadinhos. Depois que acabou a festa me troquei e minha mãe veio bater na porta do meu Quarto dizendo que o Zé Chinelato estava me chamando e eu perguntei mas o que ele veio fazer ? E minha mãe disse: Veio buscar você agora vocês são casados. Rimos juntos e foi assim que começou minha vida ao lado dele.
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TI: Como era Iracemápolis nessa época ?
Maria: Era tudo muito simples. Grande parte da cidade era pasto. Tinha o coreto que era bem menor, que usávamos quanto tinha festa e churrasco na praça. Mas era muito bom para se morar. Eu lembro que na minha casa vinha um home tomar café na minha cozinha, mas não sabia quem era, e depois que fui saber que era o Lucas Nogueira Garcez governador do Estado de São Paulo. E, aos poucos fui me acostumado com a política.
Maria: Era tudo muito simples. Grande parte da cidade era pasto. Tinha o coreto que era bem menor, que usávamos quanto tinha festa e churrasco na praça. Mas era muito bom para se morar. Eu lembro que na minha casa vinha um home tomar café na minha cozinha, mas não sabia quem era, e depois que fui saber que era o Lucas Nogueira Garcez governador do Estado de São Paulo. E, aos poucos fui me acostumado com a política.
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TI: Como foi a primeira eleição para prefeito na cidade, a senhora poderia falar um pouco sobre o dia que ele foi nomeado prefeito ?
Maria: Foi uma festa. Naquela época a informação demorava para chegar. Eu só fiquei s sabendo quando eu saí em frente à minha casa e vi o Cesarino Borba e um amigo dele que se chamava Sabino carregando Zé Chinelatto no ombro pelas ruas da cidade com faixas e cartazes. Foi uma festa muito bonita.
Maria: Foi uma festa. Naquela época a informação demorava para chegar. Eu só fiquei s sabendo quando eu saí em frente à minha casa e vi o Cesarino Borba e um amigo dele que se chamava Sabino carregando Zé Chinelatto no ombro pelas ruas da cidade com faixas e cartazes. Foi uma festa muito bonita.
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TI: Com era sua rotina junto com Zé Chinelatto, quando ele já era prefeito da cidade ?
Maria: Ele ficava o dia todo na prefeitura depois que deixou o emprego de escriturário na Usina. Ele dava tudo o que ele tinha para outros. Um dia um moço veio em casa e disse que precisava tirar uma foto para colocar no curriculum. Ele perguntou para meu marido se ele conhecia alguém que tinha paletó para emprestar. O Zé Chinelatto colocou a mão no bolso tirou os documentos e deu o paletó para o moço. Era assim nossa rotina. Ele trabalhava muito e deu a vida pela cidade.
Maria: Ele ficava o dia todo na prefeitura depois que deixou o emprego de escriturário na Usina. Ele dava tudo o que ele tinha para outros. Um dia um moço veio em casa e disse que precisava tirar uma foto para colocar no curriculum. Ele perguntou para meu marido se ele conhecia alguém que tinha paletó para emprestar. O Zé Chinelatto colocou a mão no bolso tirou os documentos e deu o paletó para o moço. Era assim nossa rotina. Ele trabalhava muito e deu a vida pela cidade.
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Ti: A senhora participava das atividades políticas junto dele ?
Maria: Tinha que participar né, não gostava muito mais eu estava sempre lá.
Maria: Tinha que participar né, não gostava muito mais eu estava sempre lá.
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Ti: A senhora lembra de alguma personalidade que era importante nessa época ?
Maria: Cesarino Borba é uma delas. Era 100%. A minha filha mais nova, a Lia Raquel, teve uma febre muito alta e chamei o Cesarino e o Moacir Cavaleiro, um médico de Limeira. O Doutor veio em casa e disse que iríamos precisar dar uma injeção de hora em hora durante toda madrugada e amanhã cedo se a febre não passar teríamos que levar ela para São Paulo de avião. E, o Cesarino então se prontificou a passar a noite em casa aplicando as injeções e de manhã a febre passou e assim ele salvou a vida da minha filha.
Maria: Cesarino Borba é uma delas. Era 100%. A minha filha mais nova, a Lia Raquel, teve uma febre muito alta e chamei o Cesarino e o Moacir Cavaleiro, um médico de Limeira. O Doutor veio em casa e disse que iríamos precisar dar uma injeção de hora em hora durante toda madrugada e amanhã cedo se a febre não passar teríamos que levar ela para São Paulo de avião. E, o Cesarino então se prontificou a passar a noite em casa aplicando as injeções e de manhã a febre passou e assim ele salvou a vida da minha filha.
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TI: Quando que o Zé Chinelatto parou com a Política ?
Maria: A última vez que ela saiu junto com o Toninho Bergaminho , ele disse que era última, me chamou e falou que era o começo do fim.
Maria: A última vez que ela saiu junto com o Toninho Bergaminho , ele disse que era última, me chamou e falou que era o começo do fim.
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TI: Qual foi a iniciativa mais importante do José Chinelatto como prefeito ?
Maria: Muitas coisas. Mas eu destaco aqui o asfaltamento das primeiras ruas cidade e os investimentos em saneamento básico como trazer água encanada, onde até então todo o abastecimento era feito através de poços. Ele começou a construir o desenvolvimento de nossa cidade.
Maria: Muitas coisas. Mas eu destaco aqui o asfaltamento das primeiras ruas cidade e os investimentos em saneamento básico como trazer água encanada, onde até então todo o abastecimento era feito através de poços. Ele começou a construir o desenvolvimento de nossa cidade.
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TI: A senhora é a 1ª, Primeira- Dama de Iracemápolis, com toda sua experiência qual conselho a senhora dá para os políticos de nossa cidade ?
Maria: Para que sejam sempre honestos como o meu marido foi, toda noite antes dormir ele sabia que poderia colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo e foi assim até o final de sua vida.
Maria: Para que sejam sempre honestos como o meu marido foi, toda noite antes dormir ele sabia que poderia colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo e foi assim até o final de sua vida.