Doença viral conhecida como ‘Febre Amarela’ (devido a cor amarelada que deixa na pessoa infectada), é uma enfermidade de gravidade variável, caracterizada clinicamente por insuficiência hepática e renal (mau funcionamento do fígado e dos rins).

De acordo com a médica infectologista da Unimed Limeira, Dra. Maria Beatriz Bonin Caraccio, que há mais de 23 anos atua na área de infectologia do Hospital Unimed – HUL, a doença pode se apresentar em vários graus de gravidade, mas não há contágio de pessoa para pessoa.

“A transmissão ocorre quando um mosquito pica um macaco infectado e depois o homem. Então, a melhor medida de prevenção, além da vacina e repelentes, é evitar o contato com áreas de risco, principalmente onde exista grande concentração do mosquito Haemogogus, (que pode transmitir a doença tanto para humanos quanto para macacos). Já em áreas urbanas, o Aedes aegypti (transmissor da Dengue) pode também transmitir a Febre Amarela”, explica a infectologista.

A Dra. Beatriz Caraccio, recomenda que também haja sempre prudência com as águas paradas para evitar ainda outras doenças como a Dengue, Zika Vírus e Chikungunya.

SINTOMAS

Após a picada do mosquito infectado, em um período de 3 a 15 dias, a pessoa pode apresentar diversos sintomas como: febre, calafrios, cefaleia, lombalgia, mialgias generalizadas, prostração, náuseas e vômitos. “Esses sintomas duram alguns dias havendo remissão espontânea do quadro, sem gravidade. Entretanto, algumas pessoas evoluem com novo agravamento do quadro após alguns dias com reaparecimento da febre, diarreia, icterícia, falência do fígado e rins, além de sinais de sangramento (período toxêmico).

VACINAS

A vacina contra a Febre Amarela só é indicada para quem vai viajar para áreas de risco. “Quem já tomou uma dose da vacina nos últimos 10 anos, não é preciso se revacinar. Também, não há necessidade de pânico, pois a vacina deve ser tomada com 10 a 14 dias de antecedência ao dia da viagem. Não adianta tomar em um dia e viajar no outro, pois a pessoa não estará imunizada”, observa Dra. Beatriz.

Nas áreas onde a vacinação está sendo feita com dose fracionada, a proteção ocorrerá normalmente, mas dura menos tempo. Por isso recomenda-se repetir a vacina fracionada em 8-9 anos após a primeira dose.

AVALIAÇÃO – (EFEITOS COLATERAIS)

A infectologista afirma que mesmo para quem vai viajar para áreas de riscos é preciso avaliação, já que se trata de vacina produzida com vírus vivo e, portanto, existe a possibilidade de efeitos colaterais. “Bebês, idosos, usuários crônicos de corticoides ou outros imunodepressores, portadores de HIV, devem procurar recomendação médica para vacinação. Gestantes não devem tomar – salvo sob orientação médica. Para todos os casos é importante que a pessoa não se automedique. Havendo sintomas, deve-se procurar orientação profissional”, ressalta a médica.  (AI)

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