Em Iracemápolis, o vereador pastor Willian Mantz, protocolou, nesta última sessão, uma moção de repúdio contra a descriminalização do porte de drogas. Com quatro votos para liberar o porte de maconha para consumo pessoal, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento que discute a descriminalização do porte de drogas para uso próprio. Ainda não há prazo para o caso ser retomado.
De acordo com o vereador, em sua fala na última sessão, a liberação do porte mesmo que em pequenas quantias, traz uma série de problemas à sociedade, a primeira é o incentivo velado ao uso das drogas e o segundo a criminalidade, já que o fato de alguém ter uma pequena porção de entorpecente envolve toda uma cadeia anterior de possíveis crimes para que isso aconteça: homicídio, corrupção de menores, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e tráfico de armas. “A descriminalização passaria a impressão equivocada de que o consumo de drogas não é perigoso ou arriscado, o que poderá gerar um incremento no número de consumidores, visto que as drogas legalizadas possuem mais consumidores do que as drogas ilícitas”, destacou o vereador.
Os Juízes e Promotores com atuação nas Varas e Promotorias de entorpecentes do Distrito Federal, por exemplo, vêm externar, à sociedade, sua grande preocupação com a proposta de descriminalização do porte de drogas para consumo. “Reconhece-se a preocupação governamental com os custos do sistema carcerário do país, diante dos recentes levantamentos oficiais de que 1/3 da população carcerária encontra-se presa por tráfico de drogas. Mas não se poderia admitir ou aceitar, que se tenha optado por conferir primazia ao custo econômico em detrimento da segurança e saúde da população brasileira”, informaram os magistrados por meio de nota à imprensa.